Eu trago a pele queimada pelo Sol ardente As mãos, eu tenho calejadas devido ao batente De cedo já me acostumei a viver duramente Caboclo, que tem seu destino já bem consciente E mesmo enfrentando problemas eu sou sorridente No solo cansado sou vida que vem da semente Sou feito a flor que resiste no duro ambiente Tristeza não há por aqui pra fazer que eu lamente Depois da labuta diária me sinto contente A paz alivia meu peito ao olhar o poente Da minha janela a imagem sempre é diferente Os raios de luz tem segredos que são surpreendentes Reflete com tons variados nas matas da frente E as aves fazem revoada por sobre a nascente A sombra da noite se espalha por todo ambiente A minha oração eu dedico ao o onipotente