Um estranho no ninho Sendo igual Me sinto um estranho no ninho, Mesmo rastejando Vou ajeitando o caminho, Procurando encontrar Dentro de mim um abrigo Para as coisas do amor... Como um bom inquieto Tento achar no instinto Entre as entrelinhas, Nos atos e motivos, Ir mais do que cigarros E garrafas de vinho Pra combater toda dor... Trocando de pele e de alma, A deriva na auto estrada, O veneno é forte, o bote é fiel, A sociedade é um ninho de cascavel. Aprendi a lutar Quando vi que não era de vidro, Foi além dos sentidos, Mais do que o permitido, Enfrentando o acaso, Me deparei com o destino Na luz do refletor... Acabei picado Por um sistema falido, O soro inconfíavel Dilatou o perigo, Entre fogo cruzado... Olho por olho E o mundo está ficando cego. Não pra nova era ou velha guarda, Um não também Pras forças armadas, Tudo que obriga ou que engana, A sociedade é uma teia de aranha. Teço a cena até quando der, Encenando onde puder, Trocando as penas vou me camuflando, A salvo enquanto o barco vai afundando...