Quando ioiô tá na dança Dona iaiá também tá Ioiô balofo balança Com a mão na trança de iaiá Junta toda vizinhança Que o povo gosta de olhar (oiá) Trança na mão, mão na pança Ioiô na dança com iaiá Quando ioiô dá volteio Dona iaiá também dá Os dois dançando no meio O povo em volta do par Fica ioiô todo cheio Chega iaiá suspirar Que o esquindô de ioiô Meu deus! é o esquindim d'iaiá! Se ioiô inventa um passo Seu corpaço não, não quebra iaiá Ela não perde o compasso E nem tira seu braço do lugar Quando os dois tem pouco espaço No seu laço ioiô arroxa iaiá Mas só vendo nesse abraço O amasso que há! Os dois são como borracha Só se vê perna esticar E se uma perna se encaixa Não dá pra desencaixar Brincando o povo diz: - tira ! tira! tira... ...o seu tafetá da casimira Mas ela delira... Ele ri mas nem dá trela 'inda dá uma apalpadela E lá vai grudado nela Pro meio do salão rodopiar E nenhum dos dois se cansa Muito menos quer parar E nem mesmo a vizinhança Antes do baile acabar Vendo a dança de ioiô com iaiá