Quando a noite se debruça sobre o campo
Os pirilampos se espalham no varzedo
Ouço um tropéu de uma manada que desparra
E uma cigarra que canta no arvoredo
As vacas bernam no encontro dos terneiros
E na mangueira surgi um duelo de touros
Porém depois que acaba tal fuzarca
Só ficam as marcas dichifradas pelo couro
Vida de campo, de agonia e de paz
Tudo se faz pra se ter tranquilidade
Todos os dias contemplando a natureza
Com mais valor a essa pura liberdade
De manhã cedo quando vem clareando o dia
Um vento sopra balançando as palmeiras
E lá nas baias surgem relinchos e estalos
São os cavalos corcoveando nas cocheiras
E a gauchada acende o fogo de chão
E no galpão vai se espalhando a fumaceira
É um sinal que muita chuva vem ai
Só basta ouvir o rumor das cachoeiras
Vida de campo, de agonia e de paz
Tudo se faz pra se ter tranquilidade
Todos os dias contemplando a natureza
Com mais valor a essa pura liberdade
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