A garganta aberta Num cantar sem grito Pelo campo afora Onde os girassoís doiravam minha vida A camisa aberta O peito num rompante Pelo tempo afora entre os campos verdes E cheirando a relva Viola cor de sangue A lua desvairada Carro de boi rangendo Flor do cafezal Essa era a minha estrada Pelo tempo afora Se vai minha vida Entre um aço e outro Entre os carros soltos pelas avenidas Gravata que aperta O peito num rompante Viola num canto Querendo explodir Nesse meu desencanto