Que horas são, por favor? Pois, está na hora De você rachar sua própria cabeça De apertar firme o detonador De cutucar com vara curta a onça De entrar em uma briga E se endividar para você nunca mais sair Você faz suas loucuras e faz figa Mas você é o próximo da fila à cair Azar o seu Você atrai e retrai Você se atreveu A casa cai Você chocalha Você sabe guardar segredo? No fio da navalha Você aponta o dedo Confiança? Seu inimigo íntimo é seu melhor confidente Desconfiança? Você deu com a língua nos dentes Puxou o pino Disparou o gatilho Você se arrebentou Se enredou Era seu destino Você gerou esse filho Você loucamente o criou Cutucando um vespeiro Ou se rastejando com víboras É muito menos perigoso e traiçoeiro De cada mil palavras suas Mil e uma são envenenadas Você é um louco Suas mentiras estão bem disfarçadas Mas você nem um pouco Você é um louco Normal tampouco