O querência abandonada Que orgulho ser teu criado Verdes é os campos verdejantes E o lindo berro do gado O sopro do minuano E o cantar do Quero-quero Quando estou junto de ti Tão rico me considero Que saudade da cordiona Dos fandagos de galpão Da primeira namorada Que eu dançava o vaneirão De causos com a pionada Lá no fundo do galpão Ver a cuia companheira Correndo de mão em mão Patrão velho te agradeço Por mais um dia que foi Pelo mugido do boi Lá no fundo da envernada Pelo pasto e pela aguada Pelo verde do capim Pelas campinas enfim Da minha querência amada Agora num arremate Que canto de peito aberto Patricio de longe ou de perto Quem por lá for se chegando Não se acanhe e vá entrando Que a porteira está aberta É uma coisa bem certa Pode escrever é verdade A voz da pura amizade Do patrão e da patroa Do mate da canha boa Milhões de hospitalidade