Vai milonga mensageira Por esse mundão afora Vai descobrir onde mora Aquela prenda querida Dizer que a minha vida Desvanece dia a dia Desde aquela tarde fria Que ela deu a despedida Diz a ela que a saudade Não me deixa um só momento Que é grande o meu sofrimento Neste martírio sem fim E ter que viver assim Eu preferia morrer Só que não posso esquecer De quem já esqueceu de mim É triste a dor da saudade Para um infeliz que ama Pra um coração que reclama Uma migalha de amor De ter que se expor a dor À pessoa que se vende E finge que não compreende As mágoas de um trovador Por isso eu toco violão Faço verso e bebo trago Pois o amor de um índio vago Não pode morrer sem glória Eu quero ter por vitória Ao confessar minha mágoa Seus olhos se arrasem d’água Recordando a nossa história