E B7 Eu deitei de madrugada com a cabeça atordoada e o A B7 peito cheio de sarro A Antes de dormir ainda eu tomei mais uma pinga e acendi B7 E mais um cigarro B7 A A pinga desceu queimando e a fumaça foi entrando e eu B7 prestei bem atenção A Escutei quando a cachaça conversava com a fumaça B7 E pertinho do coração E B7 A A pinga com imponência contou sua procedência disse B7 que era interiorana A Dizia pra sua amiga eu sou de família antiga minha mãe B7 E se chama cana B7 A Eu nasci numa engenhoca e gosto desses boboca que me B7 beija toda hora A B7 Mas quem comigo se ilude vai perder sua saúde e morrer E antes da hora E B7 A Depois da dona cachaça quem falou foi a fumaça e B7 dizia sorridente A Eu sou filha do tabaco o sujeito que eu ataco logo vai B7 E ficar doente B7 Sou amiga da bronquite e o cara que me admite vai ter A B7 um triste fadário A Mas se ele gosta de mim pois então que seja assim B7 E ninguém manda ser otário E B7 Depois que elas conversaram as duas se separaram A B7 trocando aperto de mão A A pinga subiu depressa e a fumacinha perversa foi pra B7 E dentro do pulmão B7 A Não sei se eu estava sonhando eu vi o mundo girando e B7 comecei a tossir A Meio vivo e meio morto tive tanto desconforto e não B7 E pude mais dormir E B7 A Aquele assunto sem graça do fumo com a cachaça estava B7 me perturbando A Comecei ficar com medo levantei cuspindo azedo o dia B7 E estava clareando B7 A Assim que me levantei no quarto me ajoelhei falei com B7 Deus nosso Pai A B7 Jurei por Nossa Senhora e torno dizer agora não fumo e E não bebo mais
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