Deslizando pela relva la vem serpente, solidão Rastro em sopro, tempestade, fêmea expulsa em opressão Antes de Eva correu, correu águas, correu ventos, entre lobos Lua negra alucinada, transgrediu, disse não! Sou mulher e carrego as culpas do mundo em meu ventre! Despetalou a flor só porque a viu passar dançando perigosamente ao seu olhar Tentou calar a flor culpando o seu fascinar, não quis estancar a seiva A relva nua lhe abrigou, foi o seu penar Sem ter seu fim!