Meu pai vem sempre comigo batendo estribos Embora ele esteja longe jamais se afasta Eu trago sua palavra feito um abrigo Um bem que nunca envelhece que não se gasta Andamos batendo estribo nestas coxilhas Tinindo ferro no ferro léguas a fio A barba do pai aos poucos ficou tordilha E a chama do seu sorriso já sente frio Um dia ganhei a estrada e me fiz errante Seus olhos ficaram turvos numa janela Agente que sai da casa sofre bastante Mas nada ao que se compare aos que ficam nela Às vezes chego a senti-lo junto comigo Mostrando o passo seguro onde o rio da vau De novo somos parceiros batendo estribos Irmãos de oficio da mesma marca e sinal Por isso sempre que posso dia que seja Vou velo no seu exílio rincão antigo Saímos então pro campo que reverdeja Ao ver que vem pai e filho batendo estribo A pampa nos interliga sou eu é ele E juntos nos transcendemos no sangue em fim Eu fico em cada coisa que deixo nele Que seguem nos seus princípios que vão em mim Um dia ganhei a estrada e me fiz errante Seus olhos ficaram turvos numa janela Agente que sai da casa sofre bastante Mas nada ao que se compare aos que ficam nela Às vezes chego a senti-lo junto comigo Mostrando o passo seguro onde o rio da vau De novo somos parceiros batendo estribos Irmãos de oficio da mesma marca e sinal Meu pai vem sempre comigo batendo estribos...