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Amigos, prestem atenção
Na história que eu vou contar
De um boi que trabalhou tanto
Na hora de descansar
Foi vendido ao açougueiro
Pra sua vida tirar
O carreiro quando soube
Logo se pôs a chorar
Boi Maiado
Sua história é bem comprida
Eu já vi você berrando
Dando a sua despedida
No curral que te prenderam
Vai ser o fim da sua vida
Porque hoje já está velho
E não serve mais pra lida
Boi Maiado
Estou pobre sem dinheiro
Senão comprava você
Deste malvado açougueiro
Ele não tem compaixão
Mas eu tenho, eu sou carreiro
Você tanto me serviu
Neste rincão brasileiro
Recordo triste
O tempo da mocidade
Você puxava meu carro
Me levava na cidade
E agora perde a vida
Na maior infelicidade
Você tanto trabalhou
E ele não tem piedade
Ainda sou pobre
Mas te prometo Maiado
Eu vou pedir outra vez
A este açougueiro malvado
Que tenha compaixão
E recorde este passado
Também olhe como espelho
O velho carro pesado
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