O joão-de-barro Que deixou a sua amada Lá na casinha trancada De tudo se arrependeu E um certo dia Ele resolveu voltar Para o seu amor soltar E viver ao lado seu Mais que depressa João-de-barro abriu a porta Encontrando ela morta Chorava desesperado Pegando a fêmea Sepultou lá na biquinha Desmanchou sua casinha Que ele fez com tanto agrado O joão-de-barro Ao ver o que se passou Muito triste ele ficou Ao perder sua querida Reconhecendo Que estava tudo acabado Foi viver desemparado Desiludido da vida Pelo destino Certo dia eu ia passando Vi joão-de-barro chorando Lá no galho da paineira Pedi a ele Para vir morar comigo Hoje somos dois amigos Sozinho sem companheira