Era manhã, tarde ou abril. Eu não percebi, mas sei que ela viu Insatisfeitos assim nos sentimos Cada um com as partes que ali destruímos Vulnerável está um caráter perverso E que desabe em mim agora o universo Separado estão, agora os mundos Suas águas entre os mares profundos Há de ser assim minha dádiva Na distância que percorre a lágrima Da maçã ao queixo No ar que sai do seu peito Nos costumes de suas leis Sustentando seus costumes cruéis Então me diz agora O que fazer na sua demora Ouço seus passos, desejo seu abraço Deito no meu quarto e você invade o meu espaço Me arruma um cigarro, tô louco por um trago Meu tanque tá vazio, preciso de mais álcool As minhas suspeitas, os seus argumentos A tua cabeça e o meu braço esquerdo Achei seu mapa, eu me perdi Você gritou e eu não ouvi Transformou o mar em oceano E me diz agora que foi só um engano Eu bebo o prazer de tudo Inigualável, pungente o teu absurdo. À essa altura, talvez escute O soar dos relógio mais rude. E fatais Pra quem acha pouco é demais E pra quem não consegue por pouco Aonde vamos? Onde fomos? Onde estamos meu amor Eu não sei Ouço seus passos, desejo seu abraço. Deito no meu quarto e você invade o meu espaço Me arruma um cigarro, tô louco por um trago Meu tanque tá vazio, preciso de mais álcool Nada lucramos, foi tudo uma perda completa Se você não liga então, por que te afeta? Roubado pelas suas mãos Culpado pelo seu tribunal Mas agora não importa, não faz mal. Teu sistema, meu caos. Teu doce, meu sal Inicial, convincente, colateral e pertinente Se pra depois não me diga que já foi Mas no jogo do amor Não se pode ter apenas um vencedor Ouço seus passos, desejo seu abraço. Deito no meu quarto e você invade o meu espaço Me arruma um cigarro, tô louco por um trago Meu tanque tá vazio, preciso de mais álcool.