Com pés no chão, eu sigo a trilha onde muitos se venderam Ilusão, ostentação, corrompidos por dinheiro Zóio gordo é mato, sonhador, apenas grão de areia Cuidado! O inimigo te seduzindo de oreia É carro, droga, luxo e grana, tudo a seu favor É que minha dignidade truta, ainda tem valor Retribuindo em verso escrevo, poema triste talvez Exemplo de superação consiga resgatar uns três De joelho ouvi, mãe implorar misericórdia Sob a mira da injustiça, e a ponto quarenta da rota Seu filho de cara no chão, alvejado agoniza Propina não satisfaz o bolo podre da milícia Polícia aqui em São Paulo já deixaram mais que claro É pau no gato, senta o aço, tampa de caixão lacrado Motivados pelo ódio, vingança Crianças sente na pele, esperança Em meio aos traçantes de ar Vamo que vamo, mais que armado, vamo informado pra luta Pra não ser menosprezado, por nenhum filha da puta A causa é justa, olhar nobre em busca dos cofre sou digno Salva de tiro vagabundo, ainda tô vivo Eis o campo de concentração, acorda pra vida irmão Escuta a voz do coração, em tempo de alienação Ingratidão! Quantos vi apontar os meus erro Diamante vem da lama, humildade vem do berço Foda-se, foi por mim, eu acreditei em mim Sonhei! Na caminhada, e pelo vale da sombra trilhei Chorei, lágrimas de solidão, incerteza fortaleceu grandemente Aprendizado com a tristeza Vale mais a formatura da rua do que escola Se aprende com as cicatrizes no farol pedindo esmola Se aprende, catando lixo o quanto vale o suor digno Não importa, o importante é matar a fome do seu filho Sofrimento em versos explícito Com a cara e a coragem chegamo Respingando sangue, nas flores, jardim botânico É pânico favela, então deixa o chicote estralar Nos campos de concentração, só Deus pode julgar Vamo que vamo, mais que armado, vamo informado pra luta Pra não ser menosprezado, por nenhum filha da puta A causa é justa, olhar nobre em busca dos cofre sou digno Salva de tiro vagabundo, ainda tô vivo Vamo que vamo, mesmo ferido caminhando Revisa os planos, pega os cano, estoura os crânio Infelizmente né doutor, o barato azedou Moiô, estralou, no solo gladiador Eu sei que é mil grau, eu sei que é mil fita Quadrilha, chacina, exílio pela polícia Firmão então! Se pra vocês tá bom A resposta dos irmão, vem, em alto padrão O promotor, o juiz, trava o cu entra em choque Na redoma enclausurado, não segura os robocop A Glock, os fuzil, doze de repetição Esterótipo genuíno, sentencia o caixão Eu tô vivo, firmão, na esquiva do sistema Problema, eu sei, sou ativo, na cena Militante, progressivo sim, fecho com os gatilho Espirra sangue, jorra sangue, mas continuo vivo Vamo que vamo, mais que armado, vamo informado pra luta Pra não ser menosprezado, por nenhum filha da puta A causa é justa, olhar nobre em busca dos cofre sou digno Salva de tiro vagabundo, ainda tô vivo