Uru uru cha lá lá lá lá
Você já pensou, você já pensou
Em minha situação
Imagine só, imagine só
Como deve estar o meu coração
Por que não vem, por que não vem
Diga logo meu bem
E se não vem, e se não vem
Eu não vou conseguir ser ninguém
Samarina, samarina, samarina linda meu amor
Samarina, samarina, onde quer que você vá eu vou
Uru uru cha lá lá lá lá
E ai então, e ai então
Só vai me restar a solidão
E ai então, e ai então
Vai ficar tão triste o meu coração
E ai então, e ai então
Eu te peço não me deixes, não me deixes nessa solidão
Não me deixes não, não me deixes não
É somente teu meu coração
A novidade veio dar a praia
Na qualidade rara de sereia
Metade o busto de uma deusa maia
Metade um grande rabo de baleia
A novidade era o máximo
Um paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia
O mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
O, o, o, o
De um lado esse carnaval
De outro a fome total
O, o, o, o
E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
Ô mundo tão desigual
A novidade era o máximo
Ô mundo tão desigual
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