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Quisiera

Canserbero

Quisiera

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Quisiera ser menos complicado y más comprendido
Que el público entienda más claro lo que escribo y digo

Quisiera ser menos complicado y más comprendido
Que el público entienda más claro lo que escribo y digo
Pero es que el tímpano de mi oído ya está afligido
De tanto escuchar mediocres letras, faltos de sentido

Quisiera volver a nacer, ser más niño otra vez
No preocuparme por el mal que estoy por conocer
Para no ver a mis familiares fallecer
Y no entender a un mundo, pero con sed de poder

Para solo quejarme cuando sienta hambre
Y cuando sienta miedo, refugiarme a los brazos de alguien
Solo jugar, reír sin pensar en sobrevivir
Inocentes del mundo vil, solo ser feliz

Quisiera ser un ave y nadar en los cielos
Volar sobre los mares, meditar en rascacielos
Quisiera ser la llovizna, suave riego en suelos
Que haga crecer frutos en desiertos y en fríos hielos

Quisiera ser árbol frondoso, fuerte raíz en grama
Que, del color de mis ojos, pinten todas sus ramas
Que, sobre mis pies, compongan poetas que declaman
Líricas que aclaman respeto y no solo fama

Quisiera ir al pasado y ver rectificados
Errores cometidos que, hoy en día, me cuestan caro
Quisiera ir al futuro y verme cuando sea un anciano
Regresar al presente consiente y corregir lo malo

Quisiera ser el tiempo y pararme si estoy contento
Pasear en alegrías, correr en sufrimientos
Quisiera ser el talento y escapar de este cuerpo
Entrar a la mente del oyente para que entienda lo que siento

Quisiera ser menos complicado y más comprendido
Que el público entienda más claro lo que escribo y digo
Pero es que el tímpano de mi oído ya está afligido
De tanto escuchar mediocres letras, faltos de sentido

Pues pocos me comprenden, a veces creo que hablo en vano
No conozco a nadie que por mí en el fuego ponga la mano
Llegan hermanos cuando escuchan mis tonadas
Pero si no cantara, cuantas manos estrechará

Quisiera ser la verdad y asesinar la mentira
Tener la voluntad de no llorar si siento ira
Quisiera que las traiciones no causen heridas
Y con puño arriba valoren mis gastos de saliva

Quisiera ser el viento y llevarme palabras necias
Ser el buen pensamiento en la conciencia del que piensa
Que el respeto se compre y no entiende que la apariencia
Vale menos que el amor del relleno en las pantaletas

Quisiera ser menos complicado y más comprendido
Que el público entienda más claro lo que escribo y digo
Pero es que el tímpano de mi oído ya está afligido
De tanto escuchar mediocres letras, faltos de sentido

Quisiera ser tan inteligente para ganar en ajedrez a la muerte
Y me pague no raptando inocentes
O para siempre atrapar al genio en la lámpara
Que cumple deseos de venganza, pero de paz nada

No quiero ser un mandamás, solo un Can normal
Que desea rellenar de idas las huecas mentes
De los que no miran más allá de lo que hay en sus pistas
Si como artistas se hacen llamar

Quisiera ser menos complicado y más comprendido
Que el público entienda más claro lo que escribo y digo
Pero es que el tímpano de mi oído ya está afligido
De tanto escuchar mediocres letras, faltos de sentido

Llegan hermanos cuando escuchan mis tonadas
Pero si no cantara, cuantas manos estrechará

Eu gostaria de ser menos complicado e mais compreendido
Que o público entenda mais claramente o que escrevo e digo

Eu gostaria de ser menos complicado e mais compreendido
Que o público entenda mais claramente o que escrevo e digo
Mas é que o tímpano do meu ouvido já está aflito
De tanto ouvir letras medíocres, carentes de sentido

Eu gostaria de voltar a nascer, ser criança novamente
Não me preocupar com o mal que estou prestes a conhecer
Para não ver meus familiares falecerem
E não entender o mundo, mas com sede de poder

Apenas reclamar quando sentir fome
E quando sentir medo, me refugiar nos braços de alguém
Apenas brincar, rir sem pensar em sobreviver
Inocente desse mundo cruel, apenas ser feliz

Eu gostaria de ser um pássaro e nadar no céu
Voar sobre o mar, meditar em arranha-céus
Eu gostaria de ser a garoa, irrigar os solos suavemente
Fazer crescer frutos em desertos e em gelo frio

Eu gostaria de ser uma árvore frondosa, raiz forte na grama
Que, da cor dos meus olhos, pinte todos os seus galhos
Que, sob meus pés, componham poetas que declamam
Líricas que aclamam respeito e não apenas fama

Eu gostaria de voltar ao passado e ver erros corrigidos
Erros cometidos que, hoje em dia, me custam caro
Eu gostaria de ir ao futuro e me ver como um idoso
Voltar ao presente consciente e corrigir o que é ruim

Eu gostaria de ser o tempo e parar se estiver feliz
Passear nas alegrias, correr nos sofrimentos
Eu gostaria de ser o talento e escapar desse corpo
Entrar na mente do ouvinte para que ele entenda o que sinto

Eu gostaria de ser menos complicado e mais compreendido
Que o público entenda mais claramente o que escrevo e digo
Mas é que o tímpano do meu ouvido já está aflito
De tanto ouvir letras medíocres, carentes de sentido

Poucos me compreendem, às vezes acredito que falo em vão
Não conheço ninguém que coloque a mão no fogo por mim
Irmãos chegam quando ouvem minhas melodias
Mas se eu não cantasse, quantas mãos apertaria

Eu gostaria de ser a verdade e assassinar a mentira
Ter a vontade de não chorar se sentir raiva
Eu gostaria que as traições não causassem feridas
E, com o punho erguido, valorizassem meus gastos de saliva

Eu gostaria de ser o vento e levar embora palavras estúpidas
Ser o bom pensamento na consciência de quem pensa
Que o respeito se compra e não entende que a aparência
Vale menos que o amor que nos satisfaz

Eu gostaria de ser menos complicado e mais compreendido
Que o público entenda mais claramente o que escrevo e digo
Mas é que o tímpano do meu ouvido já está aflito
De tanto ouvir letras medíocres, carentes de sentido

Eu gostaria de ser tão inteligente a ponto de vencer a morte no xadrez
E que ela me pagasse não sequestrando inocentes
Ou para sempre prender o gênio na lâmpada
Que realiza desejos de vingança, mas de paz nada

Não quero ser um mandão, apenas um cara normal
Que deseja preencher o vazio na mente oca
Daqueles que não enxergam além do que está à vista
Se autodenominando artistas

Eu gostaria de ser menos complicado e mais compreendido
Que o público entenda mais claramente o que escrevo e digo
Mas é que o tímpano do meu ouvido já está aflito
De tanto ouvir letras medíocres, carentes de sentido

Irmãos chegam quando ouvem minhas melodias
Mas se eu não cantasse, quantas mãos apertaria

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