A minh’alma que descanse
Do tristíssimo romance
O nosso amor chegou ao fim
Guardarei o teu retrato
Onde leio insensato
Nunca te esqueças de mim
Esse amor, como esquecê-lo
Se ele foi o nosso algoz?
Bem fez o atroz fatalismo
Fez nascer um grande abismo
Que hoje existe entre nós dois
Agora que entre nós dois
Mais nada existe
Eu releio versos tristes
De um poema que te fiz
Eu chorei, tive piedade
E senti tanta saudade
Desse amor tão infeliz
Se souberes, por ventura
Que no auge da amargura
Lágrimas tristes derramei
Não lamentes o meu fado
Se hoje sou tão desgraçado
É porque muito te amei
Quis assim a nossa sorte
Não blasfemes, fique em paz
E desse amor que foi tão puro
Pelas cinzas eu te juro
Não te esqueço nunca mais
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