São tantas as violências Que machucam meu coração Ferem-me as incoerências Entre a colheita e o pão Meu suor é o agasalho Que aquece minha ilusão O fruto do meu trabalho Não fica em minhas mãos A esperança foi confiscada Justiça é página virada No livro da razão Não é crime a verdade que digo As mãos que semeiam o trigo Têm que ter direito ao pão