Foi em uma época em que o rock era sinônimo de rebeldia e ousadia que a história do Creedence começou a ser desenhada. Assim, a banda que conquistou nove discos de ouro e sete de platina surgiu para resgatar a pegada mais consciente do gênero, promovendo mudanças.

Nesse sentido, seus integrantes misturavam ao rock doses de soul, folk e country, resultando em algo inédito até então. Ao contrário do rock and roll dançante e romântico, eles recheavam suas letras com perspectivas mais aprofundadas, conquistando um novo público. 

O resultado foi mais de 26 milhões de discos vendidos apenas nos Estados Unidos. Além disso, alcançaram sucesso ao redor do mundo e fãs fiéis durante todas as fases da banda.

Incrível, não é? Então, vem com a gente conhecer mais da história do Creedence Clearwater Revival! 

O que significa o nome Creedence? 

O significado de Creedence tem a ver com amizade e fé. Nesse sentido, o nome surgiu, primeiramente, pela junção do nome de um amigo do guitarrista Tom Fogerty, chamado Credence Newball.

Em seguida, somaram o “Clearwater“, extraído de um comercial de TV da Olympia Beer.  Porém, eles adicionaram um “e” à grafia, para que o nome lembrasse “creed” (em português, “crença” ou “credo”).

O nome chegou a passar por algumas variações, como Creedence Nuball e The Ruby. Mas se consagraram mesmo como Creedence Clearwater Revival, homônimo do seu álbum de estreia. 

Mas, então, o que significa Creedence Clearwater Revival? O termo “Revival” foi adicionado para simbolizar a reunião entre os membros após a convocação militar do vocalista John Fogerty e do baterista Doug Clifford. 

Os irmãos e os amigos da escola tocavam juntos desde 1959 e se reuniram em 67 para as primeiras gravações e lançamento do álbum. E foi aí que iniciaram um caminho de sucessos e desafios. 

Qual a história do Creedence Clearwater Revival? 

Antes de tudo, a história do Creedence começa no fim dos anos 50. Assim, quando os integrantes John Fogerty, Doug Clifford e Stu Cook estavam no auge de sua adolescência, eles formaram uma banda. 

Aqui, nascia o grupo The Blue Velvets, que mais tarde receberia o irmão mais velho de John como vocalista. Dessa forma, com a entrada de Tom Fogerty, a banda passa a se chamar Tommy Fogerty & The Blue Velvets. 

Mas, em seguida, o nome do grupo muda novamente para The Golliwogs, e eles assinam com a Fantasy Records, gravadora onde John trabalhava. 

Eles começam a lançar alguns compactos e a se profissionalizar na carreira, adotando novos estilos e o nome definitivo. 

Formação de identidade e discos de ouro 

Como resultado de toda essa transição, em 1968 o álbum Creedence Clearwater Revival ganha as prateleiras do mundo, resultando em um disco de ouro. 

Além disso, eles lançam os compactos Suzie Q (1 e 2) e I Put a Spell on You/Walk on the Water no intervalo até o álbum seguinte. Então, o segundo disco, Bayou Country, foi lançado em 69, conquistando certificado de platina. 

Assim como o primeiro trabalho, dois meses após o álbum foram lançados os compactos Proud Mary/Born on the Bayou, Bad Moon Rising/Lodi e Green River/Commotion.

O primeiro deles, além de ser disco de ouro, projeta o grupo para carreira mundial. Já os outros dois, também conquistaram disco de ouro. 

Assim, os trabalhos seguintes seguiram a mesma fórmula dos primeiros, com Green River alcançando disco de platina. Além disso, Down on the Corner/Fortunate Son fica responsável pelo quarto disco de ouro da história do Creedence. 

Após mais álbuns e compactos, o grupo se apresenta no Woodstock de 69 e realiza uma grande apresentação. Além disso, em 70, eles começam sua primeira turnê pela Europa, fazendo sucesso por lá também. 

Por que o grupo Creedence acabou? 

Em 1971, após o lançamento do oitavo compacto (Have You Ever Seen the Rain/Hey Tonight), que também foi disco de ouro, Tom Fogerty decide sair da banda para trilhar carreira solo. 

Embora esse não tenha sido o motivo exato do porquê o Creedence acabou, foi a partir de sua saída que a divisão começou a se iniciar. 

Apesar disso, o restante da banda decidiu seguir como trio e engatou turnê pelos EUA e Europa. Além disso, lançam o compacto Sweet Hitch-Hicker/Door to Door, que mantém o  mesmo desempenho dos anteriores. 

Por isso, eles seguem em turnê pela Austrália, Nova Zelândia e Japão, ganhando fôlego para um novo compacto. 

Mas Someday Never Comes/Tearin’ Up the Country não teve a mesma aceitação dos demais e não conseguiu emplacar disco de ouro como seus antecessores. 

Por fim, em 1972 a banda decide lançar seu último trabalho, Mardi Gras, que sonoramente já indica o fim do grupo. Em outubro do mesmo ano, a gravadora anuncia o fim da banda. 

Embora separados, os membros participaram das gravações do álbum solo do ex-integrante Tom Fogerty, em 74, resultando no disco Zephyr National. 

Qual foi o maior sucesso do Creedence? 

O maior sucesso do Creedence Clearwater Revival é a música Have You Ever Seen The Rain.

Apesar de outras canções serem amplamente conhecidas no mundo todo, como Proud Mary e Green River, é esta faixa que conquistou maior popularidade não só entre os fãs da banda, como também para todos os ouvintes do rock. 

Além disso, em relação aos álbuns, o disco Cosmo’s Factory foi o que apresentou maiores números. Nesse sentido, obteve mais de três milhões de cópias vendidas e conquistou certificado de disco de platina. 

Como estão os integrantes do Creedence hoje? 

Apesar do término da banda, eles continuaram se reunindo algumas vezes, mantendo a formação apenas com Stu Cook e Doug Clifford. 

Por isso, a banda com os dois passou a se chamar Creedence Clearwater Revisited, com repertório abrangendo os clássicos da história do grupo. 

Embora Tom Fogerty tenha falecido em 1990, seu irmão, o vocalista e guitarrista John Fogerty, continuou se dedicando à música, com passagem inclusive pelo Brasil. 

Aliás, recentemente ele recuperou os direitos de executar as músicas da banda e utilizar o nome com a palavra “Revival”. 

Creedence Clearwater Revival no Brasil 

Não foi apenas a passagem do cantor que fez parte da história do Creedence pelo Brasil. Assim, com a configuração Creedence Clearwater Revisited, eles vieram em 2000, passando por quatro cidades: Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. 

Já em 2006, eles fizeram uma turnê que contemplou inclusive o interior do país, como Bauru (SP), Jaguariúna (SP), Tubarão (SC) e Divinópolis (MG). 

Eles retornaram em 2010 e em 2011, quando reuniram motociclistas em Brasília. 

Por fim, em 2015, estiveram em Contagem acompanhados do vocalista John Tristao, o tecladista Steve Gunner e o guitarrista Kurt Griffey. Já podem dar um CPF brasileiro para eles! 

Agora que você conheceu toda a história do Creedence Clearwater Revival, que tal mantê-la viva e celebrá-la conosco? Para isso, compartilhe este post com os amigos que também possam se interessar pela trajetória de uma banda icônica!