Por que alguns homens nascem
Com mentes que conquistam diplomas
As taças
Placas douradas
Adornam suas salas de estudo
Escondem as rachaduras
Enquanto seus dons são voltados
Aos trabalhos dos tiranos então
De mercado em mercado
Vão os vendendo

Com palavras tão incendiárias e persuasivas
Eles roubam astuciosamente
Riquezas que ninguém pode sobrepujar

E por que alguns homens nascem
Destinados a serem pobres
Uma cama firme
Para costas doloridas
De ano a ano
Os corpos arruinavam-se enquanto
Suas submissões eram ganhadas
Com uma derrota gradual
Ao compasso, ao compasso
E pela insistência

Por meio de um pensamento confuso
Eles exprimem
Deus sabe que somos iludidos
Troque pelo que eles precisam

E aonde eles vão
Desdém e chacota
Para tolos os chamarem
De nobres camponeses

Como isso me intriga

Eu pressionei firme as dobras do acordeão
Que tinham se juntado em suas mangas de algodão
Enquanto ele amassava
Amassava, eu não diria que ele acariciava

O último fragmento
A crista de uma montanha
Para logo responder confiantemente

Ah, para um homem de noventa anos de idade
Não há palavras para gastar com sermões
Ele ficaria contente em responder
Brevemente e com sinceridade

Menina, não há sentido
Em todas essas normas do paraíso
É uma doutrina pagã
Como diz a tua avó
Mas é melhor viver de expedientes...
Beba tudo antes que seque

Ele terminou ali com uma tosse ruidosa,
Tosse
Eu retirei a xícara já gelada de café
Enquanto um rastro de cinzas de camel caía no chão