tom: D Afinação: E A D G B E
Intro: D  A  G  D  A  G  D

D             A                G          D
Vou contar uma história, de um vaqueiro afamado;
            A            G          D
Trabalhou 60 anos, numa fazenda de gado;
                  A             G           D       A G D
E depois de ficar velho, do patrão foi desprezado!

D               A                 G            D
O patrão disse, " Vaqueiro não pode mais campear, já
            A                          D
está velho demais, escute o que eu vou falar, vá
                 A          G           D     A G D
procurar outro canto pra você poder morar!"

D
O vaqueiro disse:
   A             G       D
- Patrão, eu lhe peço um favor. Não tenho casa e nem
  A              G           D
dinheiro e não sei para onde vou, já quê estou velho e
   A              G            D       A G D
cansado, deixa eu morar com o senhor?

D
O patrão disse:
   A                G             D
- Vaqueiro, tá com a carreira encerrada. Pegue sua
           A          G            D
rede e seu saco, aqui não lhe devo nada! Lugar de
         A          G                 D       A G D
vaqueiro velho, é morrer no meio da estrada!

D                 A     G                  D
Pegou sua mala e foi, seguindo naquela estrada, deu
               A        G           D
uma boi na porteira, correu toda boiada, urravam
       A             G            D     A G D
como diziam, " Fica, meu véi camarada!"

D             A               G           D
Os cavalos relinchavam, batendo o pé no mourão. A
            A              G               D
bezerrama chorava, como quem diz, " Não vai não!", e
              A            G             D      A G D
o vaqueiro, coitado, seguiu naquele estradão...

D              A             G           D
Depois que ele saiu, foi que o patrão foi ver, o valor
         A           G          D
de um vaqueiro, que ele pôde perder.
                    A            G            D    A G D
Desde o dia em que saiu, o gado começou a morrer...

D              A         G            D
Ali, naquela fazenda, não tinha mais alegria... Tava
            A          G           D
se acabando tudo, todo dia boi morria!
                 A            G            D      A G D
E o patrão, desesperado, não sabia o quê fazia...

D                  A
Um dia, o patrão falando:
      G                  D
E o quê que eu fiz, meu Senhor?!
                 A          G             D
A mulher dele escutando, ligeiro lhe respostou:
                  A              G             D     A G D
Estás pagando a maldade, que fez com quem te ajudou!

D            A             G          D
O patrão se levantou, e disse muito ligeiro:
                   A           G             D
-Minha mulher, vou agora, andar o Brasil inteiro!
                   A             G            D      A G D
Gasto o quê for preciso, mas, eu trago meu vaqueiro!

D                   A          G            D
Pegou o seu carro, e foi, andando muito apressado.
               A           G            D
Chegando na capital, perguntou pra o delegado:
                 A               G        D     A G D
Você me viu um vaqueiro, que andava desprezado?!

D
O delegado disse:
  A          G         D                     A
-Sim,e agora vou lhe dizer, com saudade da fazenda,
       G        D                   A           G
onde não pode viver, pediu p/ ficar aqui, até o dia
      D   A G D
de morrer!..

D                A            G           D
E o patrão ficou suado, em um grande desespero, pediu
          A
para o delegado:
          G             D
- Deixa eu ver meu vaqueiro, Para salvar minha
  A           G              D       A G D
fazenda, eu pago qualquer dinheiro!

D              G            A               D
E o delegado, ligeiro, pro patrão fez um mandado.
                     A              G           D
Quando ele viu seu vaqueiro, naquela cela, deitado,
                     A
lhe abraçou e disse a ele:
         G               D     A G D
- Me perdoe, que estou errado!..

D               A         G
O vaqueiro levantou e disse:
       D                     A             G            D
Tá perdoado! O patrão vei me buscar, para cuidar do seu gado?
               G                          A          G
Ele disse sim senhor! Desde o dia em que deixou, tá tudo
      D       A G D
desmantelado...

D              A           G           D
E o vaqueiro ligeiro, acompanhou seu patrão.
                 A                 G          D
Chegando lá na fazenda, foi tão grande a animação! O
                G                       A         G
gado urrava e pulava e os cavalos relinchavam, pedindo
          D     A G D
boi no mourão!

D               A              G             D
No mesmo dia, o patrão ligou pra o Brasil inteiro.
                 A            G               D
Preparou uma vaquejada e convidou todo os vaqueiro.
               G                     A        G         D        (2X)
Daquele dia pra cá, a paz começou reinar na casa do fazendeiro...

( D  A  G  D )
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