Por nascer no campo Tudo sei de campo Pois, tudo de campo Meu velho, ensinou Mas, que vale a lida E, as lições de vida Para quem, o campo Um dia, deixou? (Refrão) Por que é que, o tempo Não "bancou" nas rédeas Sofrenando as mágoas Que este taura sente Por que, essa saudade Que é sempre maleva Teima em bater cascos No peito da gente? Hoje, as relembranças Dos banhos de sanga Do guasquear do vento De geada e capim Da prenda de trança Que era só candura Eu guardo arranchadas Do fundo de mim Que jeito mais lindo De adoçar a alma Quando se vagueia Por dentro de si Neste faz de conta Eu torno presente Um amor antigo Que, há muito perdi. Por luas de esperas No tranquear das eras Eu trago a esperança De um dia, voltar E, encontrar, de novo As coisas deixadas Em tempos de moço No mesmo lugar! (Repete o Refrão) Por nascer no campo Tudo sei de campo Pois, tudo de campo Meu velho, ensinou.